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domingo, 17 de janeiro de 2010

Governar o Mundo


Eu costumava governar o mundo
Os mares se levantavam quando eu mandava
Agora, de manhã, eu varro sozinha as ruas onde eu costumava mandar

Eu costumava jogar os dados
Sentir o medo nos olhos dos meus inimigos
Escutar como a multidão clamava meu nome
Por um minuto eu tinha a chave
Depois, as paredes se fecharam para mim
E descobri que meus castelos se apoiavam sobre pilares de areia

Ouço os sinos de Jerusalém badalando
O coral da cavalaria romana cantando
Seja meu espelho, minha espada e meu escudo
Meus missionários num campo de batalha estrangeiro

Por alguma razão não consigo explicar
Quando você chega lá, não ouve uma palavra honesta
Foi quando eu governava o mundo

Foi o vento mau e selvagem
Que derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas despedaçadas e o som de tambores
As pessoas não acreditavam no que eu havia me tornado
Os revolucionários queriam a minha cabeça numa bandeja de prata
Queriam fazer de mim
Um fantoche num fio solitário

Por alguma razão que não consigo explicar
Sei que São Pedro não vai chamar meu nome
Nunca uma palavra honesta
Foi quando eu governava o mundo