Quero abrir hoje todas as janelas
Deixar que invada o sol meu quarto a dentro
Soltar amarras, enfunar as velas
Ir dos meus mares, navegar ao centro
Quero pintar alegres aquarelas
E não deixar, pelos versos que invento
Nenhum vestígio de dor ou sequelas
Destas que o amor traz a qualquer momento
Quero sentir o vento no meu rosto
Ir beber água da mais pura fonte
Me inebriar na luz d’algum sol posto
E, antes que a noite torne a Terra um breu
Eu quero crer que as nuvens do horizonte
Escrevam teu nome junto ao meu.