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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Quereres


Quero abrir hoje todas as janelas

Deixar que invada o sol meu quarto a dentro

Soltar amarras, enfunar as velas

Ir dos meus mares, navegar ao centro


Quero pintar alegres aquarelas

E não deixar, pelos versos que invento

Nenhum vestígio de dor ou sequelas

Destas que o amor traz a qualquer momento


Quero sentir o vento no meu rosto

Ir beber água da mais pura fonte

Me inebriar na luz d’algum sol posto


E, antes que a noite torne a Terra um breu

Eu quero crer que as nuvens do horizonte

Escrevam teu nome junto ao meu.